Em
quatro hospitais do governo do Estado, administrados pelo IMED, há mais de 20
mil metros cúbicos nos tanques de oxigênio
A rede de infraestrutura e
tecnologia organizada pela Secretaria de Saúde de Goiás para levar oxigênio aos
pacientes com síndrome respiratória aguda grave no interior do Estado está
salvando milhares de vidas. Um dos principais sintomas da Covid-19 é conhecido
como infecção do sistema respiratório, situação que dificulta a respiração e
pode levar a outras doenças, como a pneumonia.
Os 21% de oxigênio encontrados
no ar atmosférico são suficientes para pessoas saudáveis respirarem
tranquilamente, mas com os pulmões comprometidos, a utilização do oxigênio
hospitalar se torna necessário no tratamento e cura da doença.
Administrados pelo Instituto
de Medicina, Estudos e Desenvolvimento – IMED, quatro hospitais públicos de
Goiás, entre eles, um dedicado totalmente ao atendimento de Covid-19, possuem
mais de 21 mil metros cúbicos nos tanques de oxigênio, além de uma usina com
capacidade para gerar 20 metros cúbicos por hora. As unidades têm juntas mais de
130 cilindros extras de 10m³ em caso de urgência.
“Desde abril do ano passado,
em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado, planejamos a instalação e a
canalização do oxigênio nos hospitais sob a nossa responsabilidade. Estamos
acompanhando essa segunda onda do vírus e estamos totalmente preparados”, diz Getro de
Oliveira Pádua, diretor do IMED.
Decisão antecipada e acertada
Com planejamento, algumas
obras começaram em abril do ano passado. Foi o caso do Hospital de
Urgências de Trindade (Hutrin), que iniciou as edificações para a instalação do
tanque de oxigênio de 3.000 metros cúbicos e já contava com 21 cilindros extras
de 10 m³. O sistema foi implantado para garantir oxigênio suficiente para a
Unidade de Terapia Intensiva (UTI), inaugurada em maio a fim de atender exclusivamente
pacientes de Covid-19.
No Hcamp de Luziânia, os
pacientes contam com grande rede de oxigênio desde junho de 2020. O sistema foi
inaugurado apenas um mês após o IMED assumir a administração do Hospital. Os 20
leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são abastecidos pelo tanque de 22
toneladas e com capacidade de armazenar 8.000 metros cúbicos de oxigênio.
Além disso, o hospital conta
com 21 cilindros móveis de oxigênio com capacidade de 10 m³ e uma central de ar
comprimido que auxiliam os profissionais de saúde nos cuidados aos pacientes,
se necessário.
O Hospital Regional de Formosa
realizou inúmeras obras de infraestrutura desde o início da estadualização para
garantir a instalação do tanque de oxigênio líquido com capacidade para 8 mil metros
cúbicos e a canalização dos dutos de gases para atender a Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) e a Clínica Médica. As obras foram finalizadas em dezembro
passado. Formosa também tem 43 cilindros extras de 10m³.
Atualmente, o Hospital
Regional de São Luis de Montes Belos possui em suas dependências uma usina que
permite autonomia na produção de oxigênio. Com capacidade para gerar 20 metros
cúbicos por hora, a usina oferece oxigênio tratado e pronto para o uso no Centro
de Tratamento Intensivo da unidade hospitalar.
Além da usina existe ainda uma
bateria de O2 composta por 18 cilindros reservas que podem ser usados em
eventual emergência. O HRSLMB também conta com 41 cilindros reservas de 10
metros cúbicos cada e, mais 4 cilindros de oxigênio PPU de 1 metro cúbico cada
que é usado no transporte de pacientes nas áreas internas do hospital.