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Chicletes acaba com o mau hálito?

 Aquele cheirinho gostoso que exala na mastigação realmente fica na boca?

No século XXI, o mundo está constantemente acontecendo em velocidades mais e mais rápidas. O emprego exige mais, a faculdade demanda muito tempo, a família precisa de atenção, o mercado de trabalho necessita de novas qualificações e novos cursos… O dia de cada cidadão está cada vez mais agitado, como se, cada vez mais menos horas tivessem nos dias.

Assim, nessa vida em que a pressa permanece sempre presente, deixamos de lado muitas outras áreas importantes, mas que, no dia a dia, parecem desnecessárias de cuidado. Com a alimentação sempre de fast-food e com poucas variedades de nutrientes que o nosso corpo precisa, vivemos constantemente buscando maneiras rápidas de comer, se locomover, se comunicar e viver. Com a correria da rotina do mundo que passa pela 4ª Revolução Industrial, esquecemos de muitas coisas importantes e, uma delas, é o cuidado com a saúde bucal.

O mundo está cada vez mais rápido e, sem dúvida, acompanhar tudo isso, faz mal à nossa saúde. No que se refere à higiene da nossa saúde bucal, o único momento em que prestamos atenção nela, é quando surge o mau hálito. “O mau hálito parece que não é tão urgente quanto uma dor de dente, uma cárie ou um siso crescendo”, afirma a Presidente da Associação Brasileira de Halitose, Dr. Cláudia Gobor, dentista especialista em halitose.

Comumente, ao invés de dedicar um pouco de tempo os cuidados dos dentes e da boca, “as pessoas preferem comer rapidamente alimentos gordurosos e super açucarados que fazem mal não só ao corpo como um todo, mas também à saúde bucal, já que estimulam o aparecimento de cáries e o mau hálito”, comenta a especialista. Desse modo, portanto, nessa velocidade acelerada, após ingerir alimentos que certamente fazem mal ao organismo, as pessoas podem se deparar com o aparecimento da alteração de hálito e, desse modo, acabam por, ao invés de recorrer à escovação, mascar chicletes.

Segundo a dentista, “os chicletes não substituem, em nenhum momento, a escovação. Eles apenas dão, nesta situação, um odor mais agradável à boca”. Assim, para ajudar nesta situação, os chicletes não são nada além de algo mascarador, ou seja, o odor agradável da goma de mascar vai se sobrepor ao cheiro alterado do mau hálito, mas isso é momentâneo, não resolve definitivamente o problema...

Para a especialista, “cerca de 30% da população mundial sofre de halitose. Essa doença, muito comum, faz com que a pessoa tenha mau hálito frequente, que não pode ser resolvido com um simples chiclete, por exemplo”. Para o diagnóstico da halitose, é importante o acompanhamento com um especialista, para que também o tratamento seja feito da melhor forma.

Nos casos mais leves, “é fato que às vezes o chiclete pode quebrar um galho. Mas, o ideal é que sempre se faça uma higiene bucal completa após as refeições”, explica a doutora e complementa: “uma boa escovação e o correto uso do fio dental pelo menos uma vez ao dia, bem como o consumo de 2 litros de líquidos por dia são atitudes ideais para manter sempre um hálito agradável”.




Cláudia Christianne Gobor

Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose

Presidente da Associação Brasileira de Halitose

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