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Empresas e trabalhadores se unem para combater fome e gripe em ação solidária

 

Eliziane Gorniak, diretora do Instituto Positivo
divulgação / Central Press


Com aproximadamente 19 milhões de brasileiros passando fome, o Brasil registrou, no último trimestre de 2020, o maior nível de insegurança alimentar grave desde 2004, segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Pessoas de baixa renda e de reconhecida vulnerabilidade social, como os profissionais de Cooperativas de Catadores e Catadoras de Recicláveis e Reutilizáveis que, devido à redução da geração de resíduos sólidos com a diminuição do consumo e ao fechamento de estabelecimentos comerciais, sofreram impacto econômico e social, fazem parte dessa estatística.

Para contribuir com essas famílias, as empresas do Grupo Positivo - Colégio Positivo, Colégio Passo Certo, Colégio Semeador, Colégio Vila Olímpia, Posigraf, Curso Positivo, Positivo Tecnologia e Editora Aprende Brasil, por meio do Instituto Positivo, estão realizando uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis e kits de higiene pessoal. A ação convida os colaboradores a realizarem as doações no ato da vacinação contra a gripe, que é viabilizada pela companhia. “A iniciativa valoriza o contágio da solidariedade, já que os trabalhadores demonstram gratidão à atitude da empresa onde trabalha com a ajuda ao próximo. E, assim, cada um faz a sua parte e, juntos, ajudamos milhares de pessoas”, afirma Eliziane Gorniak, diretora do Instituto Positivo.

A primeira entrega dos itens arrecadados foi realizada na segunda-feira, 26, no Colégio Positivo – Internacional, ao Instituto Lixo e Cidadania (ILIX), uma associação civil sem fins lucrativos que viabiliza assistência técnica administrativa, financeira-contábil e jurídica às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis do Paraná e de outros estados, garantindo a autonomia, autogestão e independência desses grupos.

De acordo com a presidente do Instituto Lixo e Cidadania, Maria José de Oliveira Santos, as doações vão fazer a diferença na vida de muitas pessoas, não apenas os catadores. "Graças ao Ministério Público, ainda conseguimos continuar trabalhando, mas é muito difícil sair de casa com três, quatro filhos para sustentar, sem saber se vai ter comida na mesa", lamenta. Segundo ela, a suspensão das aulas presenciais piorou bastante a situação dessas famílias. "Com as crianças em casa, nossas despesas aumentaram muito, enquanto a nossa renda caiu de uma média de R$ 2 mil para R$ 200 ou R$ 300 no mês", conta. "Quando a gente vê uma instituição como o Positivo se preocupando com a gente, temos certeza que o nosso trabalho é valorizado como profissão e que existem pessoas que estão olhando para essa triste realidade e procurando fazer a diferença", completa.

A campanha é realizada em parceria com o Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT) e vai beneficiar mais de mil famílias. No Paraná, as arrecadações serão entregues ao Instituto Lixo e Cidadania e, em Santa Catarina, à Associação Ecológica de Recicladores e Catadores de Joinville (Assecrejo) e à ABACLIN, ligada à Federação Catarinense de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis de Santa Catarina.

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