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Tireoide: Dia Mundial alerta para distúrbios na glândula

 



 

 

Tireoide: Dia Mundial alerta para distúrbios na glândula

 

Hipotireoidismo e hipertireoidismo estão entre as disfunções que ocorrem. Se não tratadas, podem levar a problemas no coração

 

O Dia Internacional da Tireoide (glândula localizada no pescoço que regula o funcionamento de todo o corpo), é comemorado no dia 25 de maio. A data tem como objetivo alertar a população sobre os distúrbios que podem acometê-la e comprometer o equilíbrio do organismo. Entre eles estão o hipotireoidismo (liberação de hormônios em quantidade insuficiente) e o hipertireoidismo (liberação de hormônios em excesso), além de nódulos e, até mesmo, câncer. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), cerca de 60% da população brasileira terá algum nódulo no decorrer da vida, mas somente 5% deles serão malignos.

Muitas vezes negligenciados, os tratamentos para doenças que atingem a tireoide são de grande importância para evitar problemas cardíacos, colesterol alto ou osteoporose, dependendo da doença. Segundo a endocrinologista do Exame Medicina Diagnóstica/Dasa Fernanda Lopes, o hipotireoidismo, se não tratado, leva a quadros de edema difuso, constipação crônica e apatia. Já o hipertireoidismo pode levar a quadros cardíacos, como arritmia e insuficiência cardíaca e osteoporose. A médica reforça que o câncer de tireoide tem uma boa resposta ao tratamento e quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o desfecho clínico.

Segundo a médica, os sintomas das disfunções costumam ser bem inespecíficos. O hipotireoidismo pode causar: excesso de sono; indisposição; fraqueza; e um metabolismo mais lento. Já no hipertireoidismo, o paciente pode apresentar tremores, agitação, taquicardia e alterações no globo ocular – como aumento dos olhos, coceira, lacrimejamento e visão dupla. Os nódulos e o câncer não costumam apresentar sintomas, mas pode ocorrer um aumento da glândula de forma assimétrica.

 

Diagnóstico

Os exames principais para o diagnóstico das disfunções na tireoide envolvem os laboratoriais e de imagem.  Se o paciente apresentar sintomas, o exame de função tireoidiana revela se há alterações na produção de hormônios. No caso de crescimento assimétrico da glândula, um ultrassom pode detectar nódulos – que são benignos na maioria dos casos e não requerem cirurgia.  

De acordo com a ultrassonografista do Exame Medicina Diagnóstica/Dasa Ana Glauce Carvalho, quando há suspeita de malignidade em um nódulo, com o auxílio do ultrassom, é feita a punção aspirativa com agulha fina. O material é retirado e, imediatamente, colocado na lâmina para avaliação, por meio de microscópio, por um especialista em patologia. “Em caso de confirmação da malignidade, o paciente é encaminhado, em quase 100% dos casos, para a cirurgia”, explica a especialista.

 

Cirurgia

A cirurgia na tireoide, conhecida como tireoidectomia, consiste na remoção cirúrgica da totalidade ou de parte da glândula.  Pode ser indicada em caso de câncer, mas também em casos de nódulos que não têm suspeita de malignidade, mas com possibilidade de compressão de estruturas próximas, como o esôfago que, no caso, pode causar dificuldade para engolir o alimento. Pode ser indicada também em casos de hipertireoidismo sem controle adequado por medicações, entre outras situações.

A cirurgiã de cabeça e pescoço do Hospital Brasília/Dasa Marina Azzi reforça que o hipotiroidismo ou o hipertireoidismo não são sinônimos de câncer da tireoide. “É muito importante esclarecer que essas alterações estão relacionadas ao funcionamento da glândula da tireoide. O câncer não deflagra alteração do funcionamento da tireoide. É uma alteração da estrutura. Para nós sabermos se existe um câncer na tireoide, é necessário fazer a ultrassonografia e a punção do nódulo”, reforça a médica.

Segundo ela, alterações na glândula são muito frequentes, principalmente nas mulheres. “Se por acaso existir alguma alteração de funcionamento da glândula ou a presença de nódulo tireoidiano, é importante procurar uma avaliação e agendar uma consulta com um cirurgião de cabeça e pescoço ou, então, com um endocrinologista”, conclui a médica cirurgiã. 

 


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