Com o fim do recesso parlamentar, a corrida para a eleição da presidência da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) ganha novos contornos. Entre os movimentos mais estratégicos está o do Partido Liberal (PL), que trabalha intensamente para garantir o nome do deputado Roosevelt para a vice-presidência da Casa
Foto:Renato Santos.
A movimentação do PL é apoiada pelo atual presidente da CLDF, Wellington Luiz, que busca a reeleição. Luiz tem articulado nos bastidores para manter uma mesa diretora coesa e eficiente, com mínimas mudanças em relação à atual composição. Esse esforço é visto como uma tentativa de fortalecer a base aliada e garantir estabilidade política nos próximos anos.
Ricardo Vale (PT), atual vice-presidente, manifestou desejo de continuar no cargo, mas enfrenta a forte concorrência interna. A deputada federal Bia Kicis, líder do PL no DF, tem liderado os esforços para que Roosevelt assuma a vice-presidência, um cargo estratégico para o partido, que almeja ampliar sua influência no cenário político local e nacional.
A estratégia do PL inclui manter a maior parte dos atuais membros da mesa diretora em seus postos. Deputados como Daniel de Castro (PP), Martins Machado (Republicanos), Jorge Vianna (PSD) e Roriz Neto (PL) são cotados para permanecerem em suas respectivas posições de 1ª Secretaria, 3ª Secretaria, Ouvidoria e Corregedoria. Roosevelt, atualmente o 2º secretário, seria promovido a vice-presidente, consolidando a posição do PL na mesa diretora.
Esse movimento é visto como parte de um plano maior do PL, que busca lançar um candidato ao Senado em 2026, integrando a chapa majoritária de reeleição da vice-governadora Celina Leão (PP). A manutenção de Wellington Luiz na presidência é considerada crucial para a implementação dessa estratégia, dada sua habilidade em dialogar com diversos grupos políticos e manter a harmonia na Casa.
Wellington Luiz, que assumiu a presidência da CLDF pela primeira vez em 2020, tem mostrado grande capacidade de articulação política. Ele foi eleito em chapa única em 2023, com 22 dos 24 votos, demonstrando sua habilidade em construir consensos. No entanto, a proximidade das eleições de 2026 traz novos desafios, incluindo a possibilidade de uma oposição mais organizada e determinada a conquistar o controle da CLDF.
A liderança de Wellington Luiz tem sido marcada por um estilo conciliador, que busca unir tanto a base governista quanto a oposição. Essa abordagem será testada nos próximos meses, enquanto ele trabalha para garantir sua reeleição e apoiar Roosevelt para a vice-presidência.
Nos bastidores, especula-se que Wellington Luiz possa almejar uma vaga de Conselheiro Vitalício no Tribunal de Contas do DF, o que adiciona uma camada de complexidade à disputa atual. Garantir a reeleição e uma mesa diretora alinhada é visto como um passo importante para seus planos futuros.
Com a volta das atividades parlamentares, a disputa pela presidência da CLDF promete intensificar-se, com cada movimento sendo observado atentamente pelos diversos atores políticos do Distrito Federal. O apoio de Wellington Luiz e a articulação do PL em torno de Roosevelt serão decisivos para os desdobramentos dessa eleição, que terá impacto significativo na configuração do poder local nos próximos anos.
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