Pesquisa aponta que o Brasil é o segundo país com mais casos no mundo
Aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros enfrentam a síndrome de burnout, que se refere ao esgotamento físico e mental gerado pela sobrecarga de trabalho. No cenário global, o Brasil se posiciona como o segundo país com mais casos, atrás apenas do Japão, onde a taxa chega a impressionantes 70%. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANMT) e pela International Stress Management Association (ISMA).
De acordo com Denise Milk, psicóloga e especialista em saúde mental no ambiente corporativo, o burnout se manifesta por meio de três dimensões principais: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal. Identificar esses sinais é crucial para a intervenção precoce e a recuperação.
Os principais sintomas incluem:
1. Exaustão física e emocional: Sensação constante de cansaço e falta de energia.
2. Despersonalização: Atitude negativa e cínica em relação ao trabalho e colegas.
3. Baixa realização pessoal: Diminuição da satisfação no trabalho e sentimentos de incompetência.
“Os sinais de burnout podem ser sutis no início, como aumento da irritabilidade e dificuldade de concentração. Se não tratados, podem evoluir para problemas mais sérios, como depressão”, afirma a psicóloga Denise Milk.
Ela alerta que “é fundamental que as pessoas se reconheçam dentro desse quadro e busquem ajuda o quanto antes”. Além disso, a especialista enfatiza: “A prevenção é a melhor forma de lidar com o burnout. Isso inclui estabelecer um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, além de desenvolver um ambiente de trabalho que valorize o bem-estar dos colaboradores”.
Para lidar com o burnout, Denise recomenda algumas estratégias:
* Reconhecer e aceitar os sentimentos: “O primeiro passo é identificar que algo não está certo e permitir-se buscar ajuda”, orienta.
* Estabelecer limites: “Aprender a dizer não e evitar a sobrecarga de trabalho é essencial para a saúde mental”.
* Priorizar o autocuidado: Práticas como exercícios físicos, meditação e hobbies ajudam a aliviar o estresse. “Dedicar tempo a si mesmo é uma prioridade, não um luxo”, afirma.
* Buscar apoio: “Conversar com amigos, familiares ou profissionais de saúde mental pode proporcionar alívio e novas perspectivas. Não se sinta sozinho nessa jornada.”
Denise complementa: “O tratamento inclui terapia e, em alguns casos, medicação. O importante é não esperar até que a situação se torne insustentável.”
Identificar o burnout e adotar medidas para tratá-lo pode fazer toda a diferença na qualidade de vida e no bem-estar profissional.