Uma boa estratégia de divulgação para qualquer negócio é aquela na qual os gestores conseguem diversificar os investimentos em branding e performance

Há consenso sobre a necessidade de se buscar o equilíbrio entre as estratégias, contudo, refletindo sobre os desafios atuais do e-commerce, entendo que o mais importante é redobrar a atenção com a consistência do posicionamento. Essa deve ser a base do trabalho, até para não se correr o risco de prejudicar a reputação da loja virtual.
E a única forma de se conseguir isso é expressando a verdade da marca, os seus propósitos, independentemente do tipo de ação que será realizada para abordar os clientes.
Essa é a receita para uma operação saudável, visto que o impacto vai sempre demandar investimento em captação de novos clientes. Como o modelo de aquisição está inflacionado, isso pode deixar a empresa inviável.
Marcas não precisam ser amadas, mas respeitadas
Num ambiente mais competitivo, o que realmente importa é construir marcas que as pessoas respeitem. No dia a dia, isso significa que é mandatório entregar experiências verdadeiras e autênticas.
O consumidor atual quer entender, de forma concreta, qual a contribuição real de uma marca para sua vida e para o mundo ao seu redor.
E não estamos falando de marketing de causa genérico, mas de decisões empresariais baseadas em convicções autênticas, responsáveis e que, no final das contas, gerem impactos mensuráveis.
Temos visto, nos últimos anos, inúmeros casos de sucesso nos segmentos de moda e de produtos de beleza.
Muitas empresas têm conseguido criar comunidades específicas em torno da marca, agregando valor aos seus respectivos produtos, justamente em razão de seus posicionamentos.
Mas vale o registro de que isso tem um custo. No caso da produção de vestuário, por exemplo o uso de fibras eco-friendly impacta o valor das peças, o que exige mais cuidado na precificação.
Nesse contexto, a marca não tem outra saída para alcançar o sucesso: precisa criar uma relação diferenciada com seu público, evidenciando em primeiro lugar os seus propósitos.
Autenticidade compensa
A boa notícia é que, quando a marca reforça sua aura de autenticidade, fica mais fácil firmar relacionamentos duradouros com sua base de clientes, aumentando a fidelidade e, consequentemente, as recomendações espontâneas.
Um dos desafios na adoção dessa estratégia é a consistência. Não basta oferecer uma experiência memorável num único momento ou apenas em uma das frentes do negócio.
É preciso garantir que essa experiência seja uniforme em todos os pontos de contato, formando uma imagem positiva e confiável na mente do cliente.
É por meio de uma narrativa sólida, que ressoe com os valores e as emoções do seu público, é que a marca poderá criar uma conexão genuína e significativa.
Mas temos que ter em mente que é a constância que reforça a percepção de credibilidade e fortalece a memória do consumidor, criando a associação entre a marca e seus valores.
Impacto versus consistência
Voltando à questão do início, é preciso observar que ações pontuais de alto impacto podem gerar resultados momentâneos, mas dificilmente contribuem para uma construção sólida e duradoura.
A consistência, nesse caso, não é apenas sobre manter a qualidade ou o visual da marca, mas sobre garantir que cada interação, mensagem e experiência reforcem a mesma narrativa e os mesmos valores.
Entendo que, no e-commerce, cada ação reforça a história que a marca quer contar, aumentando o efeito de longo prazo e consolidando sua presença no mercado.
No dia a dia, em busca de resultados rápidos, é comum vermos as lojas virtuais investindo em estratégias que não contribuem para melhorar a percepção que o cliente tem da marca.
Um exemplo básico são as ações promocionais nas datas comemorativas. Para atrair novos consumidores, muitas colocam em risco a relação mantida com sua base ao praticar níveis de desconto que não podem ser sustentados.
Será que aquele pico de vendas alcançado com a promoção compensa o risco?
Por outro lado, quem conhece profundamente as necessidades, os desejos e as aspirações do seu público tem como criar experiências diferenciadas para essas datas e, com isso, consegue se destacar em meio a tantas opções disponíveis.
Quais estratégias realmente importam?
No digital, com o fluxo contínuo de dados de curto prazo, muitos profissionais de marketing perdem de vista o que realmente importa.
Uma das chaves é pensar que a construção da marca e a ativação de vendas são estratégias interdependentes. Ou seja, precisamos de ambas para o sucesso duradouro.
No processo de tomada de decisão, é importante lembrar que o trabalho de longo prazo traz benefícios econômicos. Investir de forma consistente ajuda, por exemplo, a reduzir custos de aquisição de clientes.
Ao refletirmos sobre as estratégias mais adequadas em termos de branding, é impossível ignorar a importância da personalização das experiências.
As aplicações de IA têm um papel fundamental nessa história, uma vez que as lojas virtuais têm condições de processar um volume enorme de informações e, a partir daí, customizar a abordagem do cliente.
No desenvolvimento das iniciativas, contudo, é preciso priorizar o alinhamento dos investimentos com a proposta de valor do negócio.
Na prática, isso significa orientar as ações para que elas contribuam, de alguma forma, para reforçar a conexão estabelecida com o cliente.
Parece simples no discurso, mas não é fácil colocar isso em prática, porque exige um entendimento aprofundado do público e coerência em todas as frentes do negócio.
Não é raro que haja uma certa confusão em relação à padronização. O ideal é que se respeite as particularidades de cada canal, ainda que o cliente consiga reconhecer o "tom" de voz daquela marca.
Pensando no longo prazo, na adoção de estratégias que foquem na evolução da operação, é importante organizar-se, por exemplo, para gerar demanda. Ou seja, o desafio é pensar no que precisa ser feito para que a marca seja lembrada antes do momento da compra.
E, ainda com base no conhecimento do consumidor, é essencial garantir que o cliente encontre a marca e possa interagir com ela nos canais que forem mais conveniente para ele.
É essa estratégia que tem orientado a ampliação dos canais de venda das lojas digitais para os pontos físicos. Essas iniciativas não são motivadas apenas pelo que será obtido de faturamento naquele espaço, e sim pela possibilidade de oferecer outro tipo de interação com o público.
Por exemplo, naquelas lojas que se posicionam no eixo da sustentabilidade, esses ambientes podem ser espaços de troca de experiências para reforçar ainda mais a conexão.
É uma forma de o consumidor entender melhor as iniciativas, os processos de produção, enfim, os propósitos daquela operação, para além da questão da venda em si.
Essa é apenas uma das situações que evidenciam a importância de o e-commerce priorizar os investimentos que valorizam o seu posicionamento.
No dia a dia, a principal recomendação na comunicação com o cliente é questionar se aquela iniciativa contribui para consolidar o relacionamento estabelecido com o público. Se não for o caso, é melhor repensar.
Não é possível ter sucesso sem fazer entregas efetivas em todas as interações, saindo do campo das promessas vazias.
Há consenso sobre a necessidade de se buscar o equilíbrio entre as estratégias, contudo, refletindo sobre os desafios atuais do e-commerce, entendo que o mais importante é redobrar a atenção com a consistência do posicionamento. Essa deve ser a base do trabalho, até para não se correr o risco de prejudicar a reputação da loja virtual.
E a única forma de se conseguir isso é expressando a verdade da marca, os seus propósitos, independentemente do tipo de ação que será realizada para abordar os clientes.
Essa é a receita para uma operação saudável, visto que o impacto vai sempre demandar investimento em captação de novos clientes. Como o modelo de aquisição está inflacionado, isso pode deixar a empresa inviável.
Marcas não precisam ser amadas, mas respeitadas
Num ambiente mais competitivo, o que realmente importa é construir marcas que as pessoas respeitem. No dia a dia, isso significa que é mandatório entregar experiências verdadeiras e autênticas.
O consumidor atual quer entender, de forma concreta, qual a contribuição real de uma marca para sua vida e para o mundo ao seu redor.
E não estamos falando de marketing de causa genérico, mas de decisões empresariais baseadas em convicções autênticas, responsáveis e que, no final das contas, gerem impactos mensuráveis.
Temos visto, nos últimos anos, inúmeros casos de sucesso nos segmentos de moda e de produtos de beleza.
Muitas empresas têm conseguido criar comunidades específicas em torno da marca, agregando valor aos seus respectivos produtos, justamente em razão de seus posicionamentos.
Mas vale o registro de que isso tem um custo. No caso da produção de vestuário, por exemplo o uso de fibras eco-friendly impacta o valor das peças, o que exige mais cuidado na precificação.
Nesse contexto, a marca não tem outra saída para alcançar o sucesso: precisa criar uma relação diferenciada com seu público, evidenciando em primeiro lugar os seus propósitos.
Autenticidade compensa
A boa notícia é que, quando a marca reforça sua aura de autenticidade, fica mais fácil firmar relacionamentos duradouros com sua base de clientes, aumentando a fidelidade e, consequentemente, as recomendações espontâneas.
Um dos desafios na adoção dessa estratégia é a consistência. Não basta oferecer uma experiência memorável num único momento ou apenas em uma das frentes do negócio.
É preciso garantir que essa experiência seja uniforme em todos os pontos de contato, formando uma imagem positiva e confiável na mente do cliente.
É por meio de uma narrativa sólida, que ressoe com os valores e as emoções do seu público, é que a marca poderá criar uma conexão genuína e significativa.
Mas temos que ter em mente que é a constância que reforça a percepção de credibilidade e fortalece a memória do consumidor, criando a associação entre a marca e seus valores.
Impacto versus consistência
Voltando à questão do início, é preciso observar que ações pontuais de alto impacto podem gerar resultados momentâneos, mas dificilmente contribuem para uma construção sólida e duradoura.
A consistência, nesse caso, não é apenas sobre manter a qualidade ou o visual da marca, mas sobre garantir que cada interação, mensagem e experiência reforcem a mesma narrativa e os mesmos valores.
Entendo que, no e-commerce, cada ação reforça a história que a marca quer contar, aumentando o efeito de longo prazo e consolidando sua presença no mercado.
No dia a dia, em busca de resultados rápidos, é comum vermos as lojas virtuais investindo em estratégias que não contribuem para melhorar a percepção que o cliente tem da marca.
Um exemplo básico são as ações promocionais nas datas comemorativas. Para atrair novos consumidores, muitas colocam em risco a relação mantida com sua base ao praticar níveis de desconto que não podem ser sustentados.
Será que aquele pico de vendas alcançado com a promoção compensa o risco?
Por outro lado, quem conhece profundamente as necessidades, os desejos e as aspirações do seu público tem como criar experiências diferenciadas para essas datas e, com isso, consegue se destacar em meio a tantas opções disponíveis.
Quais estratégias realmente importam?
No digital, com o fluxo contínuo de dados de curto prazo, muitos profissionais de marketing perdem de vista o que realmente importa.
Uma das chaves é pensar que a construção da marca e a ativação de vendas são estratégias interdependentes. Ou seja, precisamos de ambas para o sucesso duradouro.
No processo de tomada de decisão, é importante lembrar que o trabalho de longo prazo traz benefícios econômicos. Investir de forma consistente ajuda, por exemplo, a reduzir custos de aquisição de clientes.
Ao refletirmos sobre as estratégias mais adequadas em termos de branding, é impossível ignorar a importância da personalização das experiências.
As aplicações de IA têm um papel fundamental nessa história, uma vez que as lojas virtuais têm condições de processar um volume enorme de informações e, a partir daí, customizar a abordagem do cliente.
No desenvolvimento das iniciativas, contudo, é preciso priorizar o alinhamento dos investimentos com a proposta de valor do negócio.
Na prática, isso significa orientar as ações para que elas contribuam, de alguma forma, para reforçar a conexão estabelecida com o cliente.
Parece simples no discurso, mas não é fácil colocar isso em prática, porque exige um entendimento aprofundado do público e coerência em todas as frentes do negócio.
Não é raro que haja uma certa confusão em relação à padronização. O ideal é que se respeite as particularidades de cada canal, ainda que o cliente consiga reconhecer o "tom" de voz daquela marca.
Pensando no longo prazo, na adoção de estratégias que foquem na evolução da operação, é importante organizar-se, por exemplo, para gerar demanda. Ou seja, o desafio é pensar no que precisa ser feito para que a marca seja lembrada antes do momento da compra.
E, ainda com base no conhecimento do consumidor, é essencial garantir que o cliente encontre a marca e possa interagir com ela nos canais que forem mais conveniente para ele.
É essa estratégia que tem orientado a ampliação dos canais de venda das lojas digitais para os pontos físicos. Essas iniciativas não são motivadas apenas pelo que será obtido de faturamento naquele espaço, e sim pela possibilidade de oferecer outro tipo de interação com o público.
Por exemplo, naquelas lojas que se posicionam no eixo da sustentabilidade, esses ambientes podem ser espaços de troca de experiências para reforçar ainda mais a conexão.
É uma forma de o consumidor entender melhor as iniciativas, os processos de produção, enfim, os propósitos daquela operação, para além da questão da venda em si.
Essa é apenas uma das situações que evidenciam a importância de o e-commerce priorizar os investimentos que valorizam o seu posicionamento.
No dia a dia, a principal recomendação na comunicação com o cliente é questionar se aquela iniciativa contribui para consolidar o relacionamento estabelecido com o público. Se não for o caso, é melhor repensar.
Não é possível ter sucesso sem fazer entregas efetivas em todas as interações, saindo do campo das promessas vazias.