Cirurgião vascular explica que falhas na coagulação podem causar complicações e parto prematuro
O Novembro Roxo, mês internacional de conscientização sobre a prematuridade, também chama atenção para um fator menos conhecido, mas importante: a trombofilia, uma condição que pode aumentar o risco de complicações gestacionais e antecipar o parto.
De acordo com o cirurgião vascular Herik Oliveira, especialista em cirurgia vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), a trombofilia é “uma condição em que o organismo apresenta uma tendência aumentada para a formação de trombos, coágulos dentro dos vasos sanguíneos, sejam eles veias ou artérias, e resultado da interação de múltiplos fatores genéticos ou adquiridos ao longo da vida”.
O especialista explica que, nas mulheres grávidas, a trombofilia pode causar
- alterações na circulação da placenta, formação de microtrombos na placenta comprometendo a troca de oxigênio entre mãe e bebê
-insuficiência placentária, menor circulação na placenta que reduz o crescimento do feto dentro do útero e pode levar à necessidade de interrupção precoce da gestação”,
Entre as consequências mais graves, estão quadros como pré-eclâmpsia, eclâmpsia e descolamento prematuro da placenta, situações que exigem parto antecipado para preservar a saúde da mãe e do bebê.
Segundo o cirurgião, a investigação da trombofilia durante a gestação deve ser feita com critério. “Recomenda-se investigar em situações específicas, como histórico de três ou mais abortos espontâneos,repetidos, especialmente no primeiro trimestre,perda fetal inexplicada após dez semanas, parto prematuro antes de 34 semanas associado à pré-eclâmpsia,eclampsia ou , ou ainda casos de descolamento de placenta sem causa aparente”, explica.
Dr. Herik Oliveira também ressalta a importância de estar atento ao histórico pessoal e familiar. “Mulheres que tiveram trombose venosa profunda, embolia pulmonar, ou familiares com diagnóstico de trombofilia hereditária, devem conversar com seu médico sobre a necessidade de exames e acompanhamento especializado ”
importante , o diagnóstico precoce e o tratamento adequado com supervisão de obstetra de alto risco . “O conhecimento é sempre o primeiro passo para a prevenção. conclui o cirurgião.

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