Especialista explica como as emoções podem afetar diretamente o funcionamento intestinal
A prisão de ventre, também conhecida como constipação intestinal, é um problema que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela se caracteriza pela dificuldade em eliminar as fezes, o que provoca desconforto, dores abdominais e sensação de inchaço. Embora muita gente associe o problema apenas à alimentação, o estresse tem um papel importante nessa história.
De acordo com o coloproctologista Danilo Munhóz, da Clínica Primazo, situações de estresse e ansiedade podem alterar o ritmo intestinal e causar constipação. “O sistema digestivo responde diretamente ao estado emocional. Quando a pessoa está sob tensão, o intestino tende a funcionar de forma mais lenta, dificultando a evacuação”, explica o médico.
Quando o corpo está sob estresse, há aumento na liberação de hormônios como o cortisol e a adrenalina. Estes compostos reduzem a motilidade intestinal e interferem no equilíbrio da flora intestinal, dificultando o funcionamento adequado do intestino. “Em períodos prolongados de estresse, é comum que o intestino fique mais lento e as fezes se tornem mais ressecadas, o que agrava o quadro de prisão de ventre”, complementa o especialista.
A alimentação também sofre impacto direto quando o emocional está abalado. Muitas pessoas acabam reduzindo o consumo de fibras, pulando refeições ou abusando de alimentos ultraprocessados. “Durante períodos de estresse, é comum buscar conforto em comidas mais calóricas e com baixo teor de fibras, o que piora ainda mais a constipação”, explica o Dr. Danilo. Além disso, o baixo consumo de água e a falta de atividade física contribuem para o agravamento dos sintomas.
Outro ponto importante é que o intestino preso afeta o humor e a disposição. “O acúmulo de fezes pode causar sensação de peso, cansaço e irritabilidade, criando um ciclo negativo: quanto mais estresse, pior o intestino; quanto pior o intestino, mais estresse o corpo sente”, acrescenta o médico. Por isso, cuidar da saúde mental é essencial para quebrar esse ciclo e permitir que o organismo volte a funcionar em equilíbrio.
Além de manter uma alimentação equilibrada e uma rotina ativa, o especialista reforça que, se os sintomas persistirem, é fundamental procurar um coloproctologista. “A constipação pode estar relacionada a outros problemas de saúde, e o diagnóstico precoce é importante para evitar complicações”, alerta o Dr. Danilo Munhóz.

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