Entre e-mails e reuniões, profissionais cultivam narrativas que ultrapassam os muros da rotina corporativa e ganham as páginas de livros
Com apenas 24 anos, a colaboradora Sthefani Beatriz dos Santos já tem dez livros publicados
Créditos: Divulgação Grupo Marista
A assistente administrativa da área de Comunicação Interna do Grupo Marista, Sthefani Beatriz dos Santos (ou Triz Santos), tem 24 anos, mas já traz no currículo algo que poucos conquistam ao longo da vida: dez livros publicados. O mais recente foi lançado no ano passado. Ainda na adolescência, ela começou a escrever histórias sobre saúde mental, amadurecimento, relações familiares e superações do cotidiano. Inspirada pelo que observa no mundo — e dentro de si —, encontrou na escrita não apenas um refúgio, mas também uma forma de se comunicar com o outro.
Seu primeiro livro foi publicado aos 18 anos. A estreia foi marcada por incertezas e obstáculos, mas também por descobertas e conexões que abriram caminho para os projetos seguintes. Em breve, ela realizará um sonho antigo: participar da Bienal do Livro, onde fará sessão de autógrafos e terá obras expostas em diferentes estandes. Conciliando o trabalho administrativo com a produção literária, ela se diz motivada por um sentimento de propósito: o de tocar pessoas com suas palavras e fazer com que os leitores se sintam menos sozinhos.
E ela não é a única. No mesmo ecossistema de atuação, outro colaborador também transformou palavras em acolhimento. Thomas Augusto Guimarães, psicólogo, escreveu um livro ilustrado sobre o luto, tema com o qual teve contato próximo ao longo dos anos, por meio da escuta clínica. A obra, iniciada como um projeto pessoal ainda na graduação, hoje é utilizada como ferramenta terapêutica por profissionais da saúde no cuidado a pacientes de todas as idades.
O livro foi escrito em dois anos e, na primeira edição, teve as ilustrações feitas pelo próprio autor. O material apresenta o tema de forma acessível e sensível, combinando poemas e imagens para abordar perdas que fazem parte da vida, mas que muitas vezes permanecem sem nome. A boa recepção do público já rendeu frutos: Thomas trabalha agora em uma nova edição da obra e em dois outros livros.
Um ambiente que inspira e acolhe histórias
Trajetórias como a de Thomas e da jovem Sthefani revelam a força criativa que habita os corredores do Grupo Marista — um espaço onde o conhecimento, arte e desenvolvimento humano caminham juntos. A cultura institucional valoriza a formação integral das pessoas e reconhece a escrita como uma poderosa forma de expressão e transformação. “Valorizamos um ambiente em que as pessoas possam expressar seus talentos e vivências de forma autêntica. Quando nos reconhecemos como parte de um espaço que acolhe ideias, trajetórias e diferentes formas de criação, surgem iniciativas que vão além do esperado”, afirma a gerente de Desenvolvimento Organizacional do Grupo Marista, Lúcia Lima Coelho.
Além de espaços acolhedores como a biblioteca, os colaboradores têm acesso a iniciativas que incentivam a produção e a difusão do conhecimento. A PUCPress, por exemplo, é a editora universitária responsável por publicar autores vinculados à PUCPR, como professores e pesquisadores. O acervo físico e digital da biblioteca está disponível para todos os colaboradores, que também contam com descontos em cursos de curta duração.
Neste semestre, estão abertas as inscrições para o curso Biografias: como contar trajetórias de vida, uma formação voltada a quem deseja transformar experiências em narrativas. Um exemplo de como, dentro do Grupo Marista, cada história, seja profissional, pessoal ou literária, pode encontrar seu espaço para florescer.