Cirurgia alivia dores, devolve a mobilidade e pode ter durabilidade superior a 25 anos
A artrose no quadril é uma condição que compromete a cartilagem da articulação, causando dor intensa, perda de mobilidade e, em muitos casos, afetando também outras regiões, como a coluna. Para devolver qualidade de vida aos pacientes, a cirurgia de prótese tem se mostrado uma solução segura e eficaz.
Segundo o ortopedista Isaías Chaves, especialista em quadril, a indicação da prótese não está mais restrita a pessoas idosas. “Pacientes jovens podem ter limitações em atividades físicas, em hábitos simples como usar salto alto ou mesmo para ter relações sexuais. Porque, no geral, a artrose de quadril limita a vida do paciente”, explica.
Com os avanços tecnológicos, as próteses atuais têm apresentado uma durabilidade superior. “Com a evolução dos materiais, como o polietileno de alta densidade e as cabeças em cerâmica, há estudos que mostram próteses funcionando perfeitamente após mais de 25 anos. Muitos pacientes continuam ativos, em acompanhamento médico, com o implante em pleno funcionamento”, destaca Chaves.
A versão mais utilizada atualmente é a prótese total de quadril, com estrutura metálica e articulação composta por cerâmica com polietileno ou cerâmica com cerâmica.
Essa combinação apresenta menor desgate mesmo com o uso intenso, favorecendo ao aumento da vida útil da prótese, dobrando sua durabilidade quando comparada as próteses do passado. “Antigamente, a combinação metal-polietileno gerava muitas partículas que geravam uma reação local e consequentemente uma lesão óssea que gerava o afrouxamento da prótese. Hoje, com o uso da cerâmica, as partículas são menores e praticamente inertes, não passando por esse processo de soltura”, explica o médico.
Com a recuperação adequada, muitos pacientes retomam suas atividades normalmente e até esquecem que têm uma prótese. “A satisfação é altíssima. A vida deles volta ao normal, muitos deixam para trás quadros de depressão causados pela dor crônica, baixa mobilidade e a baixa funcionalidade do paciente. Atualmente, com a evolução dos implantes e também das técnicas de implantação da prótese, muitos pacientes voltam para esportes, de impacto ou não! Um exemplo é o tenista Andy Murray, que voltou a competir profissionalmente após o implante de prótese no quadril”, finaliza Chaves.